Posicionamento bioético dos profissionais de saúde espanhóis: Um estudo semi-quantitativo

Autores

  • Marta Elena Losa Iglesias Universidad Rey Juan Carlos
  • Ricardo Becerro de Bengoa Vallejo Universidad Complutense de Madrid

Resumo

O presente estudo foi realizado para examinar a posição de profissionais de saúde da Espanha sobre uma variedade de temas bioéticos e determinar a correlação entre estas posições e crenças religiosas dos profissionais e pontos de vista políticos. A amostra estudada consistiu de 50 indivíduos selecionados aleatoriamente da base de dados de profissionais de saúde da Espanha que receberam sólido treinamento em bioética. Um questionário estruturado foi definido para conter seis questões fechadas sobre posições a cerca de avanços biomédicos, ciência e biotecnologia (eugenia, utilização de embriões não implantados para projetos experimentais, clonagem humana e a ideia de que a ciência deveria ter limites) e os pontos de vista sociopolítico e religioso dos respondentes, e escalas de avaliação foram desenvolvidas para as respostas. A distribuição das respostas foi objeto de análises estatísticas utilizando a análise de variância (ANOVA). Para os itens com respostas computadas pela escala de Likert, desde de ‘concorda fortemente’ a ‘discorda fortemente’, as posições tomadas foram moderadamente adversas, e a vasta maioria dos respondentes acreditaram que deveria haver limites para a ciência. Convicções religiosas tiveram maior influência nas respostas do que aquelas de orientação política. Houve evidência de que crenças liberais corresponderam com o que os autores consideram ser ideias mais progressistas sobre temas bioéticos direcionados pelo estudo. As importantes questões de bioética requerem uma abordagem interdisciplinar e uma ação combinada dos setores público (estatal) e privado para revigorar os elos entre religião e ciência, manter um conhecimento geral atualizado, e treinar adequadamente profissionais em biotecnologia.

Palavras-chave:

bioética, profissionais de saúde, Espanha